Irmãos, irmãs e amigos, graça, misericórdia e paz vos sejam multiplicadas. Na minha avaliação existem duas atitudes por demais egoístas, entre muitas que encontramos neste mundo de meu Deus. 1. É a atitude de exigir dos outros, comportamento correto, pois do contrario posso ser ofendido, ter a fé enfraquecida, e até me desviar da verdade em função do comportamento duvidoso dos outros. 2. É a atitude de pensar que os outros podem suportar tudo e não se ofender, os outros não têm sentimentos, não sentem fraquezas, não se aborrecem, não se sentem agredidos em seus direitos mais nobres, e nem reclamar podem. O apóstolo Paulo ensina diferente, talvez seja porque o ensino do apóstolo é de inspiração divina, e por isso somos apanhados de surpresas quando os outros reagem às nossas infantilidades acompanhadas de carnalidade em ultimo grau. Veja a experiência do apóstolo Paulo: “Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não me inflame? 2 Coríntios 11:29” Eo mais curioso nisso é que o aposto Paulo não era um crente medíocre, mas exemplar, sofredor, afeito a padecer toda sorte de aflição e penúria. Para termos uma idéia, basta que leiamos os versículos que vêem antes do versículo citado agora há pouco, onde se diz: “Pois sois sofredores, se alguém vos põe em servidão, se alguém vos devora, se alguém vos apanha, se alguém se exalta, se alguém vos fere no rosto. Envergonhado o digo, como se nós fôssemos fracos, mas no que qualquer tem ousadia (com insensatez falo) também eu tenho ousadia. São hebreus? também eu. São israelitas? também eu. São descendência de Abraão? também eu. São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez. Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas. 2 Coríntios 11:20-28” Apesar de carregar toda esta bagagem de experiências cristãs, regadas pelo sofrimento e a renuncia, mas mesmo assim ele diz: “Se alguém se enfraquecer, eu também me enfraqueço, se alguém se escandaliza, eu me inflamo” Não pode ser diferente, estamos tratando de gente que apesar de santa, mas carrega consigo as suas fraquezas e limitações, ditados pela humanidade revestida de acertos e desacertos. Humanidade que é puxada para baixo, toda as vezes que se defronta com os revezes da vida. Ajudaríamos muito mais aos irmãos e a obra de Deus, se nos déssemos conta de que sofremos as mesmas dificuldades que os demais sofrem e atenderíamos ao convite feito pelo apóstolo Paulo aos gálatas: “Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo. Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo.Gal. 06:01-03.” Oh quanto contribuiríamos com o bem estar da causa de Deus! O aviso é seriíssimo, solene e espiritual, mas vale a pena refletir sobre ele. Irmãos, irmãs e amigos, graça misericórdia e paz vos sejam multiplicadas.