segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Pastor atacado com ácido em culto de natal fica cego
Na véspera do natal um homem entrou na Igreja Evangelho de Vida, em Kampala, Uganda, e atacou o pastor Umar Mulinde como forma de protesto à sua conversão ao cristianismo. O homem jogou ácido sobre o rosto do pastor, que antes de sua conversão foi um xeque muçulmano.
Segundo o The Christian Post ataque ocorreu na manhã do último dia 24 e que o pastor foi rapidamente levado para o Hospital Internacional Kampala por membros da igreja.
“Eu fui atacado por um homem que dizia ser cristão. Ele me chamou, gritando: “pastor, pastor!”. Quando me virei para ver quem era, ele derramou ácido no meu rosto, quando me virei para fugir, outro homem derramou mais ácido nas minhas costas e saiu correndo e gritando Allah Akbar [Deus é grande]”. Contou o pastor, que já está em condição estável.
Ao lado de sua esposa ele revelou também que tinha recebido ameaças há algum tempo, mas não as levou a sério.
O ácido jogado em seu rosto fez com que ele perdesse o olho direito e tivesse seu rosto seriamente desfigurado.
A liderança da Convenção Nacional de Igrejas Pentecostais de Uganda, pediu que o governo identificasse os responsáveis pelo ataque e faça justiça. Eles afirmaram também estarem dispostos a contatar a Scotland Yard para rastrear os criminosos. O bispo David Kiganda, classificou o incidente como “um ato de terrorismo”, e disse que mais pessoas podem estar correndo perigo se o governo não agir rapidamente para prevenir ataques futuros.
“Nós temos liberdade de culto em Uganda, e não há sentido em condenar alguém que decide trocar de religião. Não acredito que podemos matar nosso próprio povo. Deus não é tão fraco que precise de alguém para matar em seu nome. Se Deus estava insatisfeito com os atos Mulinde, faria alguma coisa, não precisaria de outra pessoa”, afirmou Kiganda, que fez questão de ressaltar que esses ataques não vão desencadear pânico entre a comunidade cristã.
O bispo disse que perseguições são naturais e que “Jesus também foi perseguido e aterrorizado”. Ele disse também que não se pode temer a perseguição: “Até mesmo o apóstolo Paulo foi tratado assim, embora não saibamos quem entre nosso rebanho continuará seguindo Jesus”, ressaltou.