domingo, 29 de novembro de 2009

Devocional

Rm 5:5 Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.
Entre começar e recomeçar há muita diferença nesse contexto onde vemos coisas começando mal e terminando mal; começando mal e terminando bem; começando bem e terminando mal; começando bem e terminando bem. Gostaríamos que tudo começasse bem e terminasse bem, mas ainda é muito agradável quando, mesmo começando mal, termina bem.
Paulo, sendo o grande bandeirante da fé, sabia o nível de esperança que permeava seu ser, por isso receitou-a aos que almejam sair do normal, avançando para o alvo. Ele quis deixar muito claro a diferença entre esperança que CONFIRMA de esperança que CONFUNDE.
Já ouvimos que é mais fácil começar do que recomeçar os sonhos, porém, o problema mesmo, não é nem uma e nem outra coisa quando a esperança que CONFIRMA está em ação. Muitas são as circunstanciais que podem confundir a vida de qualquer um se os ingredientes que Paulo usou forem postos de lado. Essa tal de esperança que não ofusca, não complica, não confunde, traz em si o poderoso bálsamo que lubrifica nossa caminhada "AMOR DE DEUS DERRAMADO PELO ESPÍRITO SANTO".
Como ter a esperança que confirma? Paulo trata nos versículos anteriores do que podemos e devemos conhecer, possuir e liberar. Imagina saber sobre o que significa isso: "Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.
Isso é mesmo a usina que produz essa esperança capaz de ver o invisível; sentir o insensível; ver o que Deus vê; ser o que se é no coração Dele. Com essa esperança não significa que saberemos tudo, mas pelo menos teremos tudo o que for necessário para dizermos que tudo podemos Naquele que nos fortalece.
Claro que é possível encontrar gente portando a triste esperança que confunde. Quando a esperança está nesse estágio ela passa a ser uma chave muito apropriada para abrir o portal do desespero.
Se a esperança confundir, em vez de esclarecer, o coração será um abrigo perfeito a todo tipo sentimentos de derrota.
Imagina quem ainda não recebeu o que vem buscando nesses últimos anos. Quem tem uma esperança que não confunde, certamente, sabe que é possível e por isso vai continuar pedindo, buscando e batendo até que Aquele que começou a boa obra a complete. A Esperança restaura sentimentos porque acredita e sabe que não houve dia capaz de evitar a noite, como não houve noite capaz de impedir o surgimento do dia.
Que tal um exemplo sobre gente que encarnou esse nível de esperança? Bem, dentre tantos vamos mencionar Ana. (I Samuel 1:15) Essa mulher poderia muito bem ser como muitos que conhecemos, que vivem carregando uma esperança nutrida de meras fantasias. Esperam mas de modo desacreditado. Vão à igreja, lêem a bíblica, praticam coisas admiráveis, mas com uma esperança em cima de fatos horizontais (lógica) e não vertical (fé) nunca saem do lugar. Ana não só tinha esperança, mas permitiu que a esperança a tivesse também, por isso entrou para a história como alguém que não vacila.
Ninguém deve viver pelo que sente, mas pelo que crê. E a pessoa pode esperar sem crer, mas jamais crer sem esperar com paciência no Senhor, sabendo que Ele vai se inclinar e ouvir a voz daquele que sabe em quem está crendo.
Em cima disso podemos concluir que enquanto a fé gera possibilidades a esperança gera probabilidades. Pois é essa esperança que reconhece o deserto, mas não ignora o milagre; sabe muito bem que há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus rebentos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e no chão morrer o seu tronco, ao cheiro das águas brotará e dará ramos como a planta nova. (Jó 14: 7-9)
Pense nisso
Jorge Muller não pedia auxílio a outros, pedia somente a Deus. Diz-se que ele por mais de vinte mil vezes foi-se deitar, à noite, sem ter nada em casa para comer nem ele nem os seus órfãos da instituição que cuidava. Quando alguém lhe perguntou se conseguia dormir nessas circunstâncias, ele respondeu: "Todas as vezes". E nunca faltou comida no dia seguinte para ele e para os órfãos que chegaram a dois mil. Quando um amigo quis conhecer o segredo de tanta fé, Jorge Muller, levantou a Bíblia e disse: "Tenho lido este livro inteiro cem vezes. Conheço o Livro e conheço o Deus do Livro".
Penso que isso basta para entender e querer uma esperança que supera quaisquer obstáculos.

Shalon

Wilson Thinonin, pr