Truman, posteriormente, expressou sua convicção no renascimento do Estado de Israel dizendo: “Creio que Israel tem um futuro glorioso por vir? não apenas [como] outra nação soberana, mas como a personificação dos grandes ideais de nossa civilização.”
Curiosamente, um dos líderes espirituais de Israel demonstra pouca confiança em seu próprio povo. O rabino Meir Kahane (1932–90) revelou seu temor de que o seu próprio povo estava mais propenso a depender ainda mais de seus aliados do que de Deus que é a verdadeira fonte da grandeza de Israel.
O rabino Kahane, fundador da Liga de Defesa Judaica nos Estados Unidos escreveu: Por todo o tempo em que o judeu teve somente um aliado, ele se convenceu …de que a sua salvação se originou desse aliado. Somente quando ele está só? contra todos os seus próprios esforços e tentativas frenéticas? que ele, sem escolha, será impelido a se voltar para YHVH. (Nota: Em reverência ao seu Criador, os judeus praticantes utilizam o sinal gráfico, hífen, omitindo as vogais, ao referirem-se especificamente ao nome de Deus).
Se os comentários do rabino são apropriados, então o que ele disse sobre Israel deveria, também, nos dizer algo sobre nós mesmos. Quem dentre nós não está propenso a ter esperança e a confiar exatamente em qualquer coisa — e não no Deus que nos criou para si mesmo?
Ver-nos refletidos na história de Israel é uma atitude sensata, mas pode ser também uma experiência inspiradora. Se estudarmos a história do povo escolhido em profundidade, veremos como Deus escolheu esta nação por amor a todos.
Por exemplo, é importante para todos nós sabermos que Deus não escolheu Israel porque era a nação mais numerosa (Deuteronômio 7:6-8). Ele escolheu um povo pequeno e fraco que não era melhor do que outros povos para que pudesse demonstrar o que Ele poderia fazer por aqueles que colocam sua confiança nele.
O outro aspecto desta história é que Deus escolheu uma nação para demonstrar a todos que ninguém vive os grandes ideais de nosso Criador se depender de alguém ou alguma coisa que não seja o Deus que nos criou para Ele mesmo.
Em parte alguma esses dois aspectos da história são percebidos mais claramente do que nos eventos que cercam o nascimento e morte do Messias de Israel, pot tanto tempo esperado.
Conforme o evangelho de Mateus, nos dias do rei Herodes, os magos do Oriente vieram a Jerusalém e perguntaram: “…Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo” (Mateus 2:1,2).
Mateus chegou a dizer que Herodes não era o único aborrecido com essa notícia. Ele escreveu: “Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém (2:3).
Por compartilharem as emoções de Herodes, o povo de Jerusalém demonstrou que não estava preparado para a vinda do Messias.
Trinta anos depois, um profeta chamado João Batista confirmou que Israel não estava preparada para receber o seu Messias. Ele conclamou os seus compatriotas a reconhecerem que seus pecados os impediam de vivenciar os grandes ideais do reino de Deus.
Contudo, nesta ocasião, os líderes religiosos de Israel sentiram-se ameaçados não apenas por João, mas por aquele que João chamou de “…o Cordeiro de Deus” (João 1:36).
Após ouvir e presenciar, por três anos, a obra de milagres que o rabino de Jerusalém estava operando, os invejosos líderes religiosos pediram a ajuda de Roma para se livrarem de Jesus.
Neste instante a estratégia de Deus de um por todos teve um cumprimento inesperado. No momento mais infame da história judaica, Deus usou os insultos, varas e pregos de Seus inimigos para personificar o período mais áureo de Sua justiça, misericórdia e amor que o mundo jamais conhecera.
Mediante a missão definitiva de resgate chamada um por todos, o Filho de Deus encarnou-se em homem judeu perfeito e, voluntariamente, pagou o preço pelo pecado de todos. Em seguida, após três dias em um túmulo emprestado, Ele ascendeu dentre os mortos para oferecer perdão e imortalidade para todo o que nele cresse.
Tal ironia poderia proceder somente de Deus. Quem mais poderia usar nossos pecados mais desprezíveis como oportunidade para trazer-nos até Ele? Quem exceto Deus poderia usar a morte de Seu Filho para oferecer vida a todos? Quem a não ser nosso Criador escolheria uma nação que refletisse nossas mais corruptas tendências por amor a todos? Quem senão nosso Deus nos daria Seu Filho e Salvador que de fato encarna a justiça, a misericórdia e a imortalidade para as quais fomos criados?
Pai celestial, obrigado por usar um “povo escolhido” para contar-nos nossa própria história. Acima de tudo, obrigado por usar esta nação para nos outorgar o nascimento de um Rei que estava disposto a sofrer e morrer de forma inexprimível para compartilhar os grandes ideais de Seu reino conosco.