segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O Pastor e a Política


Vemos muitos pastores/líderes preocupados em levantar homens na política para "defenderem os interesses da igreja", quando na verdade isto é tudo engano, pois eles sabem que quem cuida da igreja é Deus, que o seu intercessor é Jesus e o seu provedor é o Espírito Santo, o que eles têm que fazer é devolver a direção da igreja para a trindade e colocar em prática a sua palavra.
Tem um hino cuja letra diz: nossa esperança é sua vinda, o Rei dos reis vem nos buscar, nós aguardamos Jesus ainda... Mas infelizmente muitos já perderam esta esperança e estão confiando e colocando a esperança na corrupta política, chegam até mesmo a insensatez de promoverem congressos para discutirem a participação dos evangélicos na política, visando incitar o apoio aos seus candidatos, quando não, eles mesmos abandonam os seus afazeres ministeriais para divulgarem suas próprias candidaturas, perdem e jogam fora o tempo em que ambos deveriam usar para elaborarem um encontro evangelístico de impacto (que há muitos anos não vemos em nossa nação) e/ou projetos de assistência social para alcançar os menos favorecidos de suas respectivas igrejas e que eles mesmos ignoram, projetos como construções de colégios profissionalizantes, centros de recuperação de drogados e viciados, hospitais evangélicos e etc.
Eles alegam que a motivação para se candidatarem é a defesa da igreja de Deus. Na verdade, a política é o meio pelo qual eles buscam defender os seus próprios interesses e camuflar as suas injustiças morais e sociais; pois a política jamais defenderá a Eklésia, a Universal Assembléia dos Santos, a Igreja Viva, o Organismo Santo, mas a organização, a denominação, a instituição "filantrópica" com seus interesses puramente individuais e facciosos. Nosso país é maravilhoso para se pregar o evangelho, na realidade, nós evangélicos, aqui no Brasil não sabemos o que significa ser perseguido, existe sim preconceito religioso.
A verdadeira perseguição é cruel, deixa um rastro de sangue e desespero, não é esta balela que ouvimos nos dias de hoje. Em 1562, Roberto Ogier, de Ryssel, em Flandes, sofreu o martírio, em companhia de seu filho mais velho. Este, que ainda era muito jovem, exclamou quando já estava nas chamas: "ô Deus, Pai eterno, aceita o sacrifício das nossas vidas em nome de teu amado Filho". Um monge que se achava perto retorquiu encolerizado: "Tu mentes, maroto, Deus não é teu Pai; vós sois filhos do demônio". Um momento depois o mancebo exclamou: "olha, meu pai, o céu está se abrindo, e eu vejo um milhão de anjos que se regozijam em nós! Estejamos contentes porque estamos morrendo pela verdade". "Mentes! Mentes!" Gritou o padre, "o inferno é que se está abrindo, e vem mais de um milhão de demônios que vão os lançar no fogo eterno". A mulher de Roberto Ogir e outro filho que lhe ficou sofreram igual sorte alguns dias depois, e assim se reuniu toda a família no céu - Fonte: História do cristianismo de A.Knight e W.Anglin, CPAD, Pág.268, 2ª Edição/ 1984.
Quando um pastor/líder evangélico em época de campanha para eleição política coloca no púlpito de Deus um suposto candidato e o apresenta à igreja como aquele que a mesma deva apoiar para defender e brigar por ela, esta liderança está com a sua habitação no meio do engano e demonstra que está fora da Bíblia e da direção do Senhor. Porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus, por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação – Rm 13.1,2.
Antes de virarmos uma igreja política, Deus quer que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos que estão em eminência, para que tenhamos uma vida sossegada, em toda a piedade e honestidade. Porque isto é agradável diante de Deus nosso Salvador que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade – I Tm 2.1-3.
Muitas das vezes as alegações para o apoio aos políticos evangélicos são espúrias e baseadas em rumores inverídicos de ameaças, como a promulgação de leis que forcem a igreja a celebrar casamentos de homossexuais, eles mesmos sabem que baseado em nossa legislação isto é impossível de acontecer, mas mesmo assim não instruem a igreja com verdade, os nossos direitos de culto e liturgia são invioláveis, segundo o artigo 5º; parágrafo VI da Constituição federal que diz: É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de cultos e as liturgias. E casamento de homossexuais não faz parte de nossa liturgia.
Com relação aos homossexuais a Bíblia diz que Deus os entregou - Rm 1.24,28 e um dia irá julgá-los pelas terríveis abominações que cometem - I Co 6.9,10. Agora nós evangélicos, que achamos correto perseguí-los e julgá-los, precisamos deixar de hipocrisia e pararmos de dar audiência às novelas que promovem o homossexualismo e a prostituição, pois assistí-las é o mesmo que participar de suas terríveis abominações; é formar um elo, uma aliança de fidelidade em não se perder um só capítulo, é consentir com aqueles que as fazem e quem consente que esta porcaria entre em sua casa e contamine os seus filhos é digno de morte - Rm 1.32

Quando você, irmão, encontrar um homossexual, trate-o com respeito, como ser humano, conquiste a sua confiança e milite com as armas espirituais, ou seja, fale de Jesus para ele, porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição de fortalezas; destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo, e estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida a vossa obediência - II Co 10.4-6.
Finalizo dizendo que não sou contra a candidatura de evangélicos nem tão pouco de Pastores, só acho que um político não tem condições de proteger a Igreja. Só existe um que defende a Igreja que é o próprio Deus, pois o salmista diz: Se não fora o Senhor que esteve ao nosso lado, ora, diga Israel. Se não fora o Senhor que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós, eles então nos teriam engolido vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós; então, as águas teriam transbordado sobre nós, e a corrente teria passado sobre a nossa alma; então, as águas altivas teriam passado sobre a nossa alma. Bendito seja o Senhor, que não nos deu por presa aos seus dentes. A nossa alma escapou, como um pássaro do laço dos passarinheiros; o laço quebrou-se e nós escapamos. O nosso socorro está em o nome do Senhor, que fez o céu e a terra - Sl 124.1-8. Portanto declare com toda a sua força: Se Deus é por nós quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós – Rm 8.31-34.